terça-feira, 22 de outubro de 2013

Chove vidro fundido nesse planeta azul gigante

 Há um mundo azul alienígena a apenas 63 anos-luz da Terra, mas o planeta não é nada amigável à vida. Pesquisadores dizem que a cor azul na atmosfera provavelmente vem de uma chuva de vidro fundido.



Esta chuva de vidro super-quente é apenas uma conseqüência da proximidade entre o gigante de gás alienígena HD189733b e seu sol, o que torna as temperaturas do dia tão altas quanto 930 graus Celsius.
Um novo conjunto de observações do planeta em raios-X sugere também que HD189733b tem uma atmosfera exterior que é muito maior do que o esperado, e que está evaporando rapidamente.
Júpiteres quentes sāo grandes, cerca do tamanho de Júpiter em nosso sistema solar, mas sāo muito mais quentes, já que orbitam sua estrela muito próximo, a risco de serem consumidos.
Júpiteres quentes são fáceis de serem detectados, porque à medida que passam na frente de uma estrela, provocam uma grande queda no brilho dela. HD189733b provoca uma queda de 3% na luz de sua estrela, por exemplo. A atração gravitacional dos planetas muitas vezes faz com que suas estrelas-mãe oscilem também.
Embora sejam comuns no universo, Júpiteres quentes sāo totalmente diferentes dos planetas que encontramos em nosso sistema solar. No nosso caso, os pequenos planetas rochosos estāo perto do Sol, enquanto os gigantes de gás estāo muito mais longe.
As últimas observações de HD189733b estão desafiando algumas teorias de formação planetária e são apenas uma das razões para os Júpiteres quentes estarem ganhando a atenção dos astrônomos hoje em dia.
Atmosfera evaporando
Uma nova atenção foi dada ao HD189733b, que foi descoberto em 2005. Tanto o Observatório de raios-X Chandra, da NASA, quanto o XMM Newton, da ESA, viram uma queda em raios-X da estrela que foi três vezes maior do que a observada em luz visível anteriormente.
Isto significa que a atmosfera do planeta é muito maior do que se pensava. Ela também está evaporando rapidamente. A atmosfera de HD189733b está fugindo do planeta a uma taxa de 100 a 600 milhões de quilos por segundo, um novo estudo estimou.
“A grande atmosfera deste planeta o torna um alvo maior de radiação de alta energia de sua estrela, então ocorre uma evaporação mais intensa,” disse Scott Wolk, astrônomo do Centro Harvard de Astrofísica.
HD189733b também pode ter brilhantes auroras em todo o planeta devido à intensa radiação estelar, mas isso é especulação neste momento, disseram os autores do estudo.

Planeta solitário, sem uma estrela-mãe, é descoberto


Astrônomos descobriram um planeta solitário que está flutuando por si só no espaço profundo, sem orbitar nenhuma uma estrela.



O poderoso telescópio Pan-STARRS 1, localizado no topo do vulcão Haleakala, no Havaí, detectou pela primeira vez um mundo alienígena solitário localizado a 80 anos-luz da Terra através de sua fraca assinatura de calor, enquanto estava à procura de anãs marrons.
Apelidado de PSO J318.5-22, o exoplaneta é relativamente jovem, com cerca de 12 milhões de anos de idade. Com uma massa 6 vezes maior do que a de Júpiter, o planeta se assemelha a gigantes gasosos que orbitam jovens estrelas. Mas a única coisa que parece estar faltando é uma estrela-mãe.
“Nós nunca antes vimos um objeto parecido como este flutuando livremente no espaço. Ele tem todas as características de planetas jovens encontrados ao redor de outras estrelas, mas está completamente sozinho”, disse o pesquisador Michael Liu, do Instituto de Astronomia na Universidade do Havaí. “Eu sempre quis saber se tais objetos solitários existiam, e agora temos certeza”.
A ausência de uma estrela brilhante pode ser uma benção para os cientistas que tentam entender a natureza dos planetas fora do nosso sistema solar. Pesquisadores tipicamente estudam esses mundos alienígenas através de meios indiretos, como a variação do brilho de uma estrela causada pela passagem de um planeta.
“Os planetas encontrados por imagens diretas são incrivelmente difíceis de estudar, uma vez que eles estão bem perto de suas estrelas hospedeiras, que geralmente são muito brilhantes,” disse Niall Deacon, do Instituto Max Planck de Astronomia, na Alemanha. “PSO J318.5-22 não está orbitando uma estrela, e por isso vai ser muito mais fácil para nós estudá-lo. Ele nos dará uma vista maravilhosa sobre o funcionamento interno dos gigantes gasosos como Júpiter logo após o seu nascimento.”
O número de exoplanetas conhecidos explodiu ao longo dos últimos 10 anos. Astrônomos confirmaram mais de 800, mas algumas estimativas sugerem que há provavelmente bilhões de planetas somente em nossa galáxia, a Via Láctea.
PSO J318.5-22 foi descoberto acidentalmente durante uma pesquisa sobre anãs marrons, objetos cósmicos às vezes chamados de “estrelas fracassadas” porque eles são maiores do que os planetas, mas muito frios para se tornarem uma estrela. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Funções Químicas


Chamamos de Funções Químicas os grupos de substâncias compostas que se apresentam com propriedades químicas e comportamentos semelhantes.

Características como acidez, basicidade, solubilidade em água e reatividade são apresentadas nos estudos das Funções Químicas. Os quatro principais tipos de função são: óxidos, ácidos, bases e sais.

É possível classificar uma substância dentro dessas funções a partir da análise dos tipos de íons que se formam quando esta é dissolvida em água. Essas substâncias também são chamadas de funções inorgânicas, que se caracterizam por compostos que não possuem cadeia carbônica.

Vejamos cada tipo de função química:

Ácidos – São compostos moleculares que se dissociam em íons, quando em solução aquosa. Esse tipo de substância é capaz de conduzir corrente elétrica. São exemplos o Ácido Clorídrico, o Ácido Cítrico, o Ácido Bórico, o Ácido Fórmico, entre outros...

Os ácidos possuem hidrogênio que, quando dissolvidos, libertam o hidrogênio como cátion. Os elementos químicos que formam os ácidos ganham elétrons e se formam por ligações covalentes.

Bases – As bases são substâncias que apresentam o grupo hidroxila (OH)-1 ligado a metais. Essas substâncias são chamadas hidróxidos. Exemplos de bases são: cal hidratada, hidróxido de amônio, entre outros...

As bases são compostos iônicos que, quando em contato com a água, liberam ânion (OH)- em solução.

Sais  – Os sais são formados por compostos iônicos que apresentam um cátion diferente de H+ e um ânion diferente de (OH)-. Exemplos de sais são: o sal de cozinha (NaCl), o mármore (CaCO3), o gesso (CaSO4), entre outros...

Os sais podem ser obtidos pela união de ácidos e bases.

Óxidos - São compostos formados por dois elementos químicos diferentes, por isso podem ser chamados de compostos binários. Essas substâncias têm obrigatoriamente a presença do Oxigênio. Exemplos de óxidos são: a água (H2O) e o gás carbônico (CO2).

Os óxidos se formam pela combinação do oxigênio com quase todos os elementos da tabela periódica.

Teoria da Eletrostática


A Eletrostática é o ramo da eletricidade que estuda as propriedades e o comportamento de cargas elétricas em repouso. Pode-se dizer ainda que esta área estuda os fenômenos do equilíbrio da eletricidade nos corpos.

O estudo científico mais antigo sobre a eletrostática é o que ocorre com o âmbar amarelo no momento em que recebe o atrito e atrai corpos leves.

O fenômeno foi primeiramente estudado por Tales de Mileto, no século VI a.C. Ele já conhecia a eletrostática e procurava descrever o efeito no âmbar.

No século XVI, Gilbert utilizou a palavra "eletricidade", derivada do grego elektron que era o nome que os gregos davam ao âmbar. Gilbert reconheceu que a propriedade eletrostática não era restrita ao âmbar amarelo, mas que diversas outras substâncias também o manifestavam.

No geral, a eletrostática aponta para o princípio da ação e repulsão em que cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e cargas de sinais contrários se atraem.

Infarto do miocárdio


Dr. AntÔnio Raimundo de Almeida
J. S. de 46 anos, comerciante, sem problemas de diabetes, colesterol e hipertensão, apresentou um quadro de desconforto no peito, náuseas e não chegou vivo ao hospital. Diagnóstico de infarto fulminante. Como isso pode acontecer?

As doenças do coração apresentam a principal causa de morte nos Estados Unidos. No Brasil, apesar da subnotificação, o Datasus registra que as doenças cardio- vasculares são responsáveis por 32% das mortes. Esse artigo, destinado ao leitor de A TARDE, tem como objetivo chamar a atenção do problema, falar sobre os sinais e sintomas, fatores de risco e, sobretudo, como prevenir essa doença devastadora.

O infarto do miocárdio (IAM) faz parte de um grupo de patologias conhecidas como doenças isquemicas do coração que engloba angina do peito, infarto do miocárdio e a morte súbita. O termo síndrome coronariana aguda é também utilizado para os quadros de dor toráxica relacionadas à angina e ao infarto.

Apesar dos fatores de risco estarem bem estabelecidos, como tabagismo, hipertensão, diabetes, alteração nas gorduras (colesterol, triglicerides), o paciente em questão teve doença coronariana sem os clássicos fatores de risco. Cerca de 40% dos indivíduos com doenças coronarianas não se encaixam nesse perfil clássico, e sofrem de infarto ou têm morte súbita, sem que tenham feito uma avaliação médica correta. É preciso saber mais sobre a doença para se adotar estratégias de prevenção.


O que é infarto do miocárdio?
É uma lesão do músculo cardíaco provocada por obstrução da artéria que nutre o coração ou um dos seus ramos – a artéria coronária. O entupimento da artéria resulta em isquemia e o tecido deixa de receber sangue, oxigênio e nutrientes. A duração e a extensão da oclusão determinam o tipo de manifestação da doença: angina estável, angina instável, infarto e morte súbita. Pode ocorrer morte do tecido (necrose músculo cardíaco) se a área for muito grande na dependência do tamanho da artéria pode haver infarto, morte súbita ou falência do coração de modo crônico e inexorável, ficando o paciente com insuficiência cardíaca que limita sua qualidade de vida e tem um prognóstico ruim a médio prazo. A angina do peito é uma dor que resulta geralmente da obstrução intermitente do fluxo sangüíneo. Como a doença é um processo dinâmico e contínuo, a placa de ateroma (gordura) se rompe, ativando a coagulação do sangue no local e formando o trombo que pode obstruir totalmente as artérias coronárias (infarto) ou de modo intermitente (angina instável). De angina instável para o infarto o tempo pode ser curto .


Pode haver infarto sem placa de gordura?
Sim. Às vezes uma determinada artéria se contrai temporariamente estreitando e o fluxo de sangue fica diminuído ou interrompido. O efeito é o mesmo da placa, porém as razões desse fenômeno não são compreendidas em muitas situações. Pessoas que usam cocaína podem ter espasmo na coronária e infarto fulminante.


Como diferenciar o infarto da angina e outras dores no peito?
Muitos problemas de saúde podem causar dor no peito, como, por exemplo, indigestão, ansiedade, inflamação no pericárdio, dor muscular, entre outras situações. A orientação médica é fundamental.


Características do infarto:
•Dor em aperto com ou sem fator desencadeante e pode ocorrer repouso;

•Não melhora com repouso e nem com medicações para angina;

•Pode ser acompanhada de náuseas ou vômitos, apreensão, palidez, sudorese, intensa falta de ar, desmaio.

•Irradiação para o braço esquerdo (85%) ou braço direito (15%), pescoço, ombro ou mandíbula.


Características da Angina:
•Dor em aperto, no tórax ou na região do estômago, geralmente após esforço físico ou um fator desencadeante.

•Melhora com repouso, dura cerca de 10 minutos;

•Melhora com medicações para angina (vasodilatadores).


Atenção: em qualquer das situações procure orientação. O atraso pode ser prejudicial ou fatal. Em muitos casos, quando ocorre um ataque cardíaco, o coração sofre de um processo de alteração do ritmo. E um tratamento imediato com a desfibrilação (choque) pode salvar o paciente da morte. Por essa razão, cada vez mas em locais de grande concentração de pessoas como fábricas, aeroportos e universidades, recomenda-se atendimento pré-hospitalar e pessoal treinado para operar esses aparelhos – os defibriladores. O tempo para salvar uma vida nesses casos é de poucos minutos. No movimentado aeroporto de Chicago o treinamento de pessoal e a popularização dos desfibriladores tem salvo centenas de vidas nos últimos anos.


Prevenção de doenças cardiovasculares

Quais os principais fatores de risco?
Hipertensão, diabetes, tabagismo, história familiar de doença coronariana, sexo masculino, as mulheres que após a menopausa se igualam aos homens, idade (a partir de 60 anos), colesterol alto, aumento de triglicerios, obesidade, estresse, vida sedentária. Se você está nesse grupo faça uma avaliação com o seu médico. No nosso entender, deve-se dar muita atenção ao estresse, pois este é capaz de modificar outros fatores de risco ou despertar quem estava inativo. Existem trabalhos que demonstram o papel do estresse na expressão de determinados genes relacionados com alterações de gorduras e diabetes que estavam dormentes, e que aparecem na vigência do estresse.

As estatísticas americanas indicam que anualmente 900.000 têm infarto; e 250.000 homens destas 125.000 morreram sem receber atendimento médico. É, portanto, de fundamental importância buscar o atendimento médico (pré- hospitalar ou hospitalar) o mais rápido possível. Os tratamentos que desobstruem as artérias, seja com medicamentos ou com desobstrução mecânica, são mais eficientes se realizados nas primeiras seis horas do início dos sintomas.


Quais devem se prevenir do infarto?
Exames preventivos tanto clínico cardiológico quanto os de sangue. Alimentação balanceada, pobre em gordura animal, rica em fibras, peixes e verduras. Controle rigoroso da pressão arterial e, se diabético, do açúcar;

Exercício físico regular após orientação médica, controle do peso e modificação do estilo de vida (combate ao estresse). Tratamento do aumento do colesterol e triglicerides quando indicado pelo seu médico;

Viva em paz, procure não se irritar, controle a hipertensão, não fume, visite regularmente seu médico, exercite-se, não abuse de álcool, e aproveite os benefícios de uma vida saudável. Vale a pena viver!

Biosfera


Os seres vivos encontram-se disseminados pelas três partes fundamentais da Terra: a atmosfera; a litosfera, integrada pela crosta terrestre e pelo manto que a recobre; e a hidrosfera, conjunto das águas superficiais do planeta.

A biosfera, portanto, compreende as porções de terra, mar e águas continentais habitadas pelos seres vivos. Não coincide com a atmosfera, a litosfera ou a hidrosfera isoladamente, pois abrange as três.

Conceito e estrutura: A vida não existiu sempre sobre a Terra. Em circunstâncias favoráveis, os seres vivos apareceram na água, evoluíram, diferenciaram-se e distribuíram-se na atmosfera e em terra firme.

Os seres vivos se organizam em ordem crescente de complexidade. Sabe-se, assim, que as moléculas se associam para formar orgânulos; estes se agrupam em células, que se associam em tecidos, e estes, por sua vez, em órgãos, que participam de sistemas conjugados em organismos que se agrupam em comunidades. Estas, em conjunto e na inter-relação com o meio físico, constituem um ecossistema, e estes, interagindo, formam um superecossistema que se estende por toda a superfície da Terra e constitui a biosfera. Esta última significa, portanto, mais ordem, maior complexidade, mais necessidade de energia e maior instabilidade. A maior demanda de energia é compensada pelas vantagens que oferecem os níveis mais evoluídos ou organizados. Assim, um indivíduo deve empregar mais energia para atender a suas necessidades e colaborar com seus vizinhos ao invés de ocupar-se unicamente de si, mas fazer parte de uma comunidade pressupõe maiores vantagens do que viver isolado. O maior dispêndio energético se compensa por uma melhor qualidade de vida. Isso ocorre em todos os níveis da biosfera.

Tomando como referência a superfície da Terra, a camada de vida ocupa cerca de dez quilômetros em profundidade (abismos submarinos) e aproximadamente sete quilômetros em altitude (ponto máximo em que se encontram aves e esporos e até onde certos microrganismos são transportados pelo vento).

Seres vivos e biosfera:  Os organismos que integram a biosfera podem ser classificados em dois grandes grupos: o primeiro é formado pelos organismos chamados produtores; o segundo, pelos denominados consumidores. Os primeiros são capazes de construir seus próprios tecidos, mediante o aproveitamento da energia solar, a partir de compostos inorgânicos simples (nitrito, água, dióxido de carbono). Fazem parte dessa categoria todas as plantas, as algas e algumas bactérias, que sintetizam os compostos orgânicos imprescindíveis para edificar, desenvolver e manter as estruturas vivas: ácidos nucléicos, proteínas, glicídios (ou açúcares) e lipídios (ou gorduras). Os organismos produtores liberam oxigênio, que se transforma em ozônio na estratosfera, formando uma tela protetora contra as radiações ultravioleta procedentes do Sol.

Os organismos consumidores não são capazes de sintetizar as substâncias orgânicas que lhes servem de alimento e devem retirar elementos nutritivos dos seres aptos a essa síntese. Alimentam-se, portanto, dos produtores, de maneira direta (herbívoros) ou indireta (carnívoros). Existe ainda na biosfera uma terceira categoria de consumidores, formada pelos denominados decomponedores. Esses seres, que habitam principalmente o solo e a água, são microrganismos que se nutrem dos restos de plantas e animais. Em seu processo de nutrição, reconvertem as substâncias orgânicas em elementos simples que retornam à natureza, de onde são retirados por outros seres.

A interação dos três grupos -- produtores, consumidores e decomponedores -- mantém em circulação e intercâmbio, através da biosfera, os elementos químicos fundamentais para a vida, como carbono, oxigênio, nitrogênio, enxofre, fósforo e outros menos abundantes (cádmio, magnésio, lítio). A ação conjunta de todos os organismos faz com que a biosfera desempenhe um papel regulador de numerosos fenômenos relacionados com a superfície da Terra. Entre os principais contam-se a composição da atmosfera, a evaporação da água, a erosão geológica e a natureza do solo.

Modificação da biosfera: As mudanças bruscas nos componentes da biosfera causam desequilíbrios que afetam toda a estruturação da matéria viva. A evolução tecnológica provocou, paralelamente ao aumento dos recursos favoráveis à vida, graves perturbações da biosfera. A combustão de hidrocarbonetos para a obtenção de energia tem sido responsável, em grande medida, pela poluição da biosfera, e o transporte marítimo desses combustíveis, por grandes petroleiros, tem provocado acidentes que causam a morte imediata de milhões de seres vivos. Com a combustão do petróleo, alterou-se a composição química da atmosfera e destruiu-se parte da camada de ozônio, o que poderá ocasionar no futuro a desertificação da superfície terrestre.

A utilização de fertilizantes à base de nitratos é outro exemplo de interferência no equilíbrio da biosfera. As bactérias existentes no aparelho digestivo dos animais transformam o nitrato em nitrito, que se combina com a hemoglobina, provocando a redução do afluxo de oxigênio às células. Esse processo pode dar origem a uma anemia, às vezes fatal, chamada meta-hemoglobinemia. Todos esses processos modificadores do equilíbrio devem ser controlados, portanto, de modo a conservar a estrutura da biosfera dentro de limites que evitem a constante deterioração da natureza.

A fotossíntese e a energia


Como as plantas aproveitam a energia solar para se desenvolverem ?
Pode-se dizer, de uma maneira simples, que as plantas absorvem uma parte da luz solar e a utilizam na produção de substâncias orgânicas, necessárias ao seu crescimento e manutenção.

As plantas verdes possuem uma substância, a clorofila, capaz de absorver a radiação luminosa. A energia absorvida é usada para transformar o gás carbônico do ar (CO2) e a água (absorvida pelas raízes) em glicose (um açúcar), através de um processo chamado fotossíntese. O açúcar produzido é utilizado de várias maneiras. Através do processo conhecido por "respiração", a glicose sofre muitas transformações, nas quais ocorre liberação de energia, que o vegetal utiliza para diversas funções.

Pode-se dizer que a energia solar fica "armazenada" nas plantas. Quando necessitam de energia, substâncias como a glicose se transformam, fornecendo a energia que a planta necessita.

Os seres vivos que não são capazes de "armazenar" a energia luminosa dependem exclusivamente do uso de energia envolvida nas transformações químicas. De maneira geral, esses seres utilizam os compostos orgânicos fabricados pelos organismos que fazem fotossíntese, alimentando-se desses organismos.

Dessa forma, as plantas estão na base da cadeia alimentar, pois delas dependem a sobrevivência dos animais herbívoros, que, por sua vez alimentam os animais carnívoros.

São enormes as quantidades de energia que as plantas "armazenam" através da fotossíntese. Florestas tropicais, por exemplo, "armazenam" durante um ano, cerca de 8 mil quilocalorias por metro quadrado de floresta, ou seja 8 trilhões de quilocalorias por quilômetro quadrado (8.109 kcal/km2). Comparando com a capacidade de produção de energia de uma usina hidrelétrica como, por exemplo, a de Barra Bonita, no Rio Tietê, cuja capacidade é de cerca de 140 MW (megawatt), verifica-se que quantidade equivalente a essa seria armazenada por 1 km2 de floresta absorvendo energia luminosa por duas horas e meia.

vagina


A vagina é o órgão sexual feminino localizado entre o colo do útero e a vulva. Fazem parte do sistema genital feminino interno: vagina, útero, ovários e tubas uterinas. Na parte externa localiza-se a vulva, que se caracteriza pela presença dos grandes e pequenos lábios vaginais. As glândulas mamárias, responsáveis pela produção de leite durante a amamentação, também fazem parte do sistema genital da mulher.

A parte externa da vulva (grandes lábios) é denominada vestíbulo da vagina, nela se encontram o orifício urinário e o orifício genital. A parte interna da vagina estende-se até o colo do útero, onde recebe o nome de fórnix. Todo esse conjunto de estruturas forma o canal vaginal.

É importante observar que o canal vaginal nada tem a ver com o canal por onde sai a urina. Ambos são partes de sistemas diferentes (reprodutor e urinário).

Entre a vagina a vulva existe um dobra denominada hímen. Em mulheres que nunca tiveram relações sexuais o hímen, normalmente, permanece intacto. É comum que durante a primeira relação sexual, o hímen se rompa, causando um pequeno sangramento.

A função da vagina é receber o pênis durante o ato sexual, dar saída ao bebê durante o parto normal e expelir o sangue da menstruação. Suas principais características são o grande número de terminações nervosas, responsáveis pela sensação de prazer, e elasticidade.

Por se tratar de um local muito úmido, é natural que a vagina exale um odor característico. Isso ocorre por causa da ação de bactérias e outros microrganismos. Por isso, é fundamental cuidar da higiene, que além de evitar o mau cheiro previne contra doenças.

Bexiga - Corpo Humano


A bexiga é uma câmara muscular lisa constituída por duas partes principais: o corpo, que forma a maior parte da bexiga, e é onde se acumula a urina e; o colo, que é uma extensão do corpo em forma de funil que se dirige para o inferior e anteriormente para o triângulo urogenital, conectando-se com a uretra. 

A parte inferior do colo vesical também é denominada uretra posterior, devido à sua relação com a uretra. 

O músculo liso da bexiga é conhecido como músculo detrusor. Suas fibras musculares se estendem em todas as direções e, quando contraídas, podem aumentar a pressão da bexiga em até 40 a 60 mmHg. 

Por conseguinte é a contração do músculo detrusor que esvazia a bexiga. 

Na parte posterior da bexiga, imediatamente acima do colo vesical, há uma pequena área triangular denominada trígono. 

No vértice mais inferior do trígono encontra-se o orifício da bexiga que, a partir do colo vesical, passa para a uretra posterior. 

A uretra vesical tem de 2 a 3 cm de comprimento e sua parede é composta por músculo detrusor, e é denominado esfíncter interno. 

Seu tônus natural mantém, normalmente, o colo vesical e a uretra livres de urina e impede o esvaziamento da bexiga, até que a pressão no colo vesical se eleve acima do limiar crítico.

Glândulas


As glândulas são células cuja atividade é a produção e secreção de substâncias. 

As glândulas podem ser descritas segundo diversos critérios. 

Um deles refere-se ao número de células que a constitui. 

Há glândulas formadas por apenas uma célula, as glândulas unicelulares, e outras formadas por várias células, as glândulas pluricelulares. 

Pode parecer um tanto curioso chamar de glândula um célula única, contudo, esse tipo de glândula tem um papel fundamental no funcionamento do organismo. 

Na superfície do intestino, por exemplo, encontram-se inúmeras células chamadas calciformes do epitélio intestinal, que secretam glicoproteínas. 

A substância produzida forma um muco que facilita o deslizamento do bolo alimentar e das fezes, protegendo as paredes do órgão. 

Não menos importantes são células similares presentes ao longo de todas as vias respiratórias, apesar de, nesse caso, parte do muco ser produzido por outras glândulas. 

A essa substância viscosa aderem-se pequenas partículas suspensas no ar, ficando retidas, em grande parte, já na cavidade nasal. 

As glândulas pluricelulares não são apenas um conjunto desordenado de células, mas apresentam uma estrutura organizada de órgão. 

Toda a glândula é envolvida por uma cápsula conjuntiva, da qual podem partir septos que dividem o órgão em subunidades maiores ou menores. 

Além disso, essas glândulas recebem um suprimento sangüíneo particular através de vasos que penetram o órgão, bem como suas funções estão sob influência de estímulo nervoso associado a nervos específicos. 

Tais glândulas pluricelulares originam-se a partir de uma proliferação de células do epitélio de revestimento. 

Esse conjunto de células é posteriormente revestido por tecido conjuntivo que constitui, inclusive os ductos glandulares. Outra possível classificação das glândulas relaciona-se ao destino da substância secretada. 

Nas glândulas endócrinas, o produto é lançado nos vasos sangüíneos, enquanto que nas glândulas exócrinas, a secreção chega a uma superfície epitelial livre através de ductos. 

De modo geral, nas glândulas exócrinas pode-se distinguir uma porção de células relacionadas à síntese das substâncias e outra que constitui a via de secreção. 

Um exemplo de glândula exócrina seria as glândulas sudoríparas, encontradas em toda a pele exceto na região dos lábios e da glande. 

Secretam para o exterior do corpo o que conhecemos como suor, um líquido extremamente fluido que contém alguns sais como sódio e potássio, uma concentração baixa de proteínas e alguns compostos nitrogenados como uréia, amônia e ácido úrico. Juntos às axilas e ao ânus encontramos glândulas similares, mas de maior tamanho. 

Outros células exócrinas estão associadas ao tubo digestivo. 

É caso do pâncreas que secreta enzimas, das glândulas salivares que secretam muco e enzimas, o fígado que secreta a bile. 

Além dessas, cabe citar as glândulas mamárias. 

As glândulas endócrinas produzem substâncias com função um tanto distinta das glândulas exócrinas. 

Ao contrário dessas últimas, as glândulas que lançam substâncias no sangue estão envolvidas com sistemas de integração entre as diversas parte do corpo, secretando hormônios. 

Os hormônios são substâncias que regulam as funções de determinados tecidos, estimulando ou deprimindo sua atividade. 

A hipófise, por exemplo, é um pequeno órgão situado em nosso cérebro, que produz hormônios muito importantes para o organismo como o hormônio de crescimento, vários hormônios que atuam sobre as gônadas, o hormônio para produção de leite (prolactina), entre outros tantos que atuaram sobre outras glândulas como a tireóide e a supra-renal. 

Outras glândulas endócrinas a serem mencionadas são a tireóide, as adrenais, as paratireóides e a pineal, todas secretoras de hormônios.



Glândulas Bulbo-Uretrais (ou Glândulas de Cowper)
As glândulas bulbouretrais, também conhecidas como glândulas de Cowper, são glândulas pareadas do tamanho de uma ervilha pertencentes ao aparelho reprodutor masculino. 

Ao redor dos componentes glandulares há um tecido conjuntivo que contém numerosas fibras musculares lisas e esqueléticas. 

Estão situadas atrás da uretra, desembocando bem próximo a sua origem, logo após a próstata. 

Essas glândulas secretam algumas substâncias mucosas antes da emissão do líquido seminal. 

Alguns estudiosos propuseram que tais substâncias seriam importantes na lubrificação do pênis e da vagina durante a relação sexual. 

Contudo, a quantidade de fluído secretado é muito reduzida e, portanto, esta seria uma hipótese pouco consistente. 

Dessa forma, ainda permanecem dúvidas quanto a função das glândulas bulbouretrais. 

Apesar da quantidade de fluído produzido pelas glândulas bulbouretrais ser pequena, em geral, alguns espermatozóides estão presentes nesse líquido que antecede a ejaculação. 

Essa é a principal causa da falha do método anticoncepcional do coito interrompido. 

Pois, mesmo antes do homem ejacular, ocorre a liberação de gametas que podem fecundar o óvulo.


Glândulas Lacrimais
São um grupo de glândulas serosas que estão localizadas na borda superior externa da órbita ocular. 

Elas desembocam por meio de oito a dez canais no fundo-de-saco superior, formado pela confluência da conjuntiva que reveste o olho com a que cobre posteriormente a pálpebra. 

As glândulas lacrimais são constituídas por células serosas que produzem uma secreção salina, com a mesma concentração de cloreto de sódio que a do sangue. 

Essa secreção também contém uma enzima que digere a cápsula de certas bactérias, a lisozima. 

Desta forma as lágrimas limpam o olho de partículas maiores, com seu fluído constante, e de microrganismos. 

A secreção lacrimal continuamente produzida dirige-se para as carúnculas lacrimais, que são elevações situadas no canto interno do olho. 

Nessa região há um sistema de ductos lacrimais que desembocam no meato nasal superior. 

Por isso que nosso nariz fica congestionado quando choramos.



Glândulas Paratireóides
Pequenas glândulas endócrinas associadas à tireóide. Localizam-se na face posterior desta, em geral no interior da cápsula de tecido conjuntivo que envolve a tireóide. 

Estão presentes em número de quatro e não ultrapassam 0,2 g. de peso. Sua função é a secreção de paratormônio, que, ao controlar a absorção de cálcio pelo intestino, a excreção de cálcio pelos rins e a liberação de cálcio pelos ossos, regula a concentração deste íon no líquido extracelular. 

Histologicamente, as glândulas paratireóides do ser humano são formadas por dois tipos de células: as células principais e as células oxífilas. 

Freqüentemente, ainda há tecido adiposo no interior das paratireóides. A maioria dos mamíferos possui apenas células principais constituindo as paratireóides. 

Mesmo no homem, elas são as células mais numerosas nas glândulas em questão. As células principais têm forma poliédrica e contêm numerosos grânulos citoplasmáticos, principalmente na porção voltada para um capilar sangüíneo. Estes grânulos, de forma irregular e visíveis apenas ao microscópio eletrônico, são considerados grânulos de secreção. 

O ser humano possui, além das células principais, células oxífilas em suas paratireóides. 

Estas células aparecem por volta dos sete anos de idade e aumentam em número no decorrer dos anos. Ainda especula-se sobre sua função. 

A regulação da secreção de paratormônio pelas células principais dá-se somente pela concentração de cálcio no sangue. 

Não há qualquer influência de outro hormônio, nem tampouco de atividade nervosa, envolvidos na regulação da atividade paratireoideana. 

O paratormônio age sobre no epitélio intestinal, promovendo um aumento da absorção de cálcio. 

Além disso, ele exerce influência sobre a reabsorção óssea e sobre a reabsorção de fosfato pelos túbulos contorcidos proximais do rim, com conseqüente eliminação de cálcio por eles. O excesso de atividade paratireoideana (hiperparatireoidismo) causa a descalcificação dos ossos - que se tornam frágeis e quebradiços - e excesso de cálcio no plasma, sendo freqüente a deposição patológica deste íon no rim e nas artérias. 

A baixa atividade paratireoideana causa queda do cálcio plasmático, causando aumento da excitabilidade do sistema nervoso devido à falta do íon. 

Surgem contrações espasmódicas da musculatura e convulsões generalizadas (tetania). Além disso, a deficiência de reabsorção óssea torna os ossos mais densos e mineralizados.



Glândula Pineal
Também chamada de corpo pineal ou epífise, é uma glândula cônica e achatada, localizada acima do teto do diencéfalo, ao qual se une por um pedúnculo. 

No homem adulto, mede aproximadamente 5 por 8 mm. Histologicamente, é formada por vários tipos de células, entre as quais se destacam os pinealócitos e as células intersticiais. 

Tais células aglomeram-se irregularmente em cordões ou folículos, separados por septos de tecido conjuntivo, contendo vasos sangüíneos. 

Externamente, o órgão é revestido pela chamada piamáter, da qual partem as lâminas de tecido conjuntivo. Os pinealócitos possuem grandes núcleos de forma irregular e nucléolos bem distintos. 

As células estendem longos e sinuosos braços, que vão terminar nos septos conjuntivos vasculares, onde formam terminações dilatadas. 

As células intersticiais, localizadas entre os cordões ou lóbulos de pinealócitos e nas áreas vizinhas aos vasos sangüíneos, possuem núcleos alongados e prolongamentos com grande quantidade de delgados filamentos. 

Estas células são consideradas por alguns autores como células da neuróglia. 

Além desses dois tipos de células, a glândula pineal ainda possui grande número de fibras nervosas que atravessam todo o tecido. 

Desde sua descoberta, a glândula pineal tem sido centro de debate e polêmica. Mas apesar de suas funções ainda serem controvertidas, parece não haver mais dúvida quanto ao importante papel que exercem na regulação dos ciclos circadianos (principalmente do sono) e das funções sexuais e reprodutivas. 

Os estudos de anatomia comparada revelaram que a pineal é um remanescente do que foi o terceiro olho, no alto da cabeça, nos animais inferiores. 

Quando a glândula pineal é removida em animais inferiores, ou seus circuitos nervosos seccionados, observa-se uma perda da fertilidade sazonal dos animais. 

Apesar de ainda não totalmente esclarecido, imagina-se que o mecanismo que gera a atividade sexual sazonal de muitos animais (importante para que os descendentes nasçam em épocas favoráveis do ano: primavera e verão) relaciona-se com a quantidade diária de luz vista pelos olhos. 

Através de circuitos nervosos que partem dos olhos, os impulsos são transmitidos à pineal, onde podem, dependendo de sua duração, ativá-la. 

No inverno, quando os dias são curtos, a glândula pineal é ativa e secreta melatonina e outras substâncias que vão atuar sobre a hipófise anterior. 

Nesta, inibem a secreção dos hormônios gonadotróficos. A ausência destes hormônios, por sua vez, suprime a atividade gonadal. 

Fica assim, suprimida a atividade reprodutiva dos animais. 

Após cerca de quatro meses de disfunção, os dias mais longos exercem um efeito inibitório sobre a atividade pineal. 

A hipófise volta então a secretar hormônios gonadotróficos e as gônadas passam a funcionar normalmente, prontas para a atividade da primavera. No homem, a função da glândula pineal ainda não está completamente esclarecida. Sabe-se, contudo, que a secreção de melatonina está relacionada aos ciclos circadianos, principalmente do sono. A secreção do hormônio ocorre à noite, na escuridão, e é suprimida na presença de luz. Alguns pesquisadores acreditam que há uma íntima relação entre a melatonina e a atividade do sistema imunológico do ser humano. Atribuem a crescente incidência de câncer na população humana à diminuição da secreção de melatonina devido à exposição aumentada do homem à luz artificial. Além disso, a melatonina também parece exercer alguma influência sobre as funções reprodutivas, pois tumores pineais estão associados ao aumento ou diminuição da atividade gonadal. 

Por último, a melatonina parece estar relacionada, através de um mecanismo intrincado e ainda não bem elucidado, com o processo de envelhecimento. Muitos autores não consideram a glândula pineal uma glândula endócrina no sentido tradicional. Classificam-na como transdutor neuroendócrino, isto é, como um órgão que converte impulsos neurais (impulsos luminosos) em descarga hormonal.



Glândulas Salivares
São glândulas localizadas na região facial, secretam a saliva. 

Pequenas glândulas salivares são encontradas esparsas na mucosa da cavidade oral. 

Existem também três pares de glândulas salivares, chamadas de maiores. 

As parótidas, as submandibulares e sublinguais. 

A unidade morfofuncional dessas glândulas são os adenômeros. Os adenômeros possuem uma parte secretora, formada por células epiteliais glandulares, e por ductos intercalares, estriados e excretores. 

O conjunto todo é envolto por uma cápsula de tecido conjuntivo. As glândulas recebem a irrigação sangüínea, linfática e nervosa por um único lugar, denominado de hilo. São intensamente irrigadas pelos capilares sangüíneos. 

A saliva secretada pelas glândulas salivares contém água e glicoproteínas, entre elas a mucina, que lubrificam os alimentos e a boca, mantendo-a úmida. 

Outra substância presente na saliva é a ptialina, uma enzima protéica que digere amidos. Calcula-se que setenta por cento do amido ingerido sejam hidrolisados pela ptialina. Além de iniciar o processo digestivo, a saliva também auxilia na higiene oral de várias formas. 

Nela são secretados íons tiocianato e várias enzimas proteolíticas, a mais importante destas enzimas é a lisozima que digere a parede de certas bactérias deixando-as mais vulneráveis. 

Estas substâncias químicas possuem uma ação bactericida. A saliva também contém anticorpos protéicos que destroem as bactérias presentes na boca inclusive as que provocam as cáries dentárias. 

O próprio fluxo salivar remove as bactérias e as partículas alimentares que poderiam servir de substratos para estes organismos patogênicos. 

A secreção de saliva é estimulada por vários fatores: a presença de alimentos na boca, estímulos olfativos, por exemplo o cheiro dos alimentos. 

Estas mensagens são transmitidas às glândulas salivares via sistema parassimpático e simpático. 

A maior parte de saliva secretada na boca é produzida pelas glândulas submandibulares (cerca de setenta por cento), vinte e cinco por cento corresponde às glândulas parótidas e o restante, cinco por cento, provêm das sublinguais.




Glândulas Sebáceas
Estão localizadas na derme e seus ductos geralmente desembocam na porção terminal dos folículos pilosos. 

Porém no lábio, na glande e pequenos lábios da vagina, os ductos abrem-se diretamente na superfície da pele. 

Nas regiões da palma da mão e da sola dos pés não há glândulas sebáceas. São glândulas alveolares e geralmente vários alvéolos desembocam num ducto curto. 

Os alvéolos são formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas, essas células proliferam e diferenciam-se em células arredondadas, cheias de gotículas de lipídeos. 

Os núcleos dessas células degeneram e as células mais centrais do alvéolo se rompem, liberando o produto de excreção da glândula. 

Como a secreção dessas glândulas só se dá pela morte das suas células, diz-se que é uma glândula holócrina. 

A secreção sebácea é uma mistura de lipídeos e sua atividade é influenciada pelos hormônios sexuais. 

As glândulas coccígeas das aves aquáticas são glândulas sebáceas modificadas, cujo produto de secreção é espalhado pela própria ave sobre as penas, tornando-as impermeáveis à água e facilitando a sua flutuação.




Glândulas Sudoríparas
As glândulas sudoríparas são encontradas em toda a pele, com exceção de certas regiões como a glande. São glândulas tubulosas simples. 

Seu ducto é mais estreito que a sua porção secretora e não é ramificado. 

A porção secretora localiza-se na derme. O suor secretado pelas glândulas é uma solução extremamente diluída, que contém algumas proteínas que são secretadas por um tipo de células. 

Há também sódio, potássio, cloreto, uréia, amônia e ácido úrico, produtos da secreção de outro tipo de células. 

Ao atingir a superfície da pele o suor evapora-se provocando a queda da temperatura. Alguns produtos de secreção são eliminados através do suor. 

Além deste tipo de glândula sudorípara há, nas axilas, na região perianal e pubiana e na auréola mamaria glândulas sudoríparas apócrinas. 

São glândulas maiores e com a região secretora dilatada e localizada na hipoderme. Seu ducto é igual aos das outras glândulas mas, desembocam num folículo piloso. 

A secreção dessas glândulas é ligeiramente viscosa e sem cheiro, mas adquire um odor desagradável e característico pela ação das bactérias da pele. 

Na mulher, as glândulas axilares modificam-se durante o ciclo menstrual. 

Admite-se que as glândulas do cerúmen do ouvido sejam glândulas sudoríparas modificadas.



Glândulas Supra-Renais
Glândulas endócrinas em forma de lua achatada, situadas uma sobre cada rim. São também chamadas de adrenais e secretam vários hormônios, entre os quais destacam-se a aldosterona, a adrenalina (ou epinefrina) e a noradrenalina (ou norepinefrina). 

Sua função básica está relacionada à manutenção do equilíbrio do meio interno, isto é, da homeostase do organismo, frente a situações diversas de modificação desse equilíbrio (tensão emocional, jejum, variação de temperatura, infecções, administração de drogas diversas, exercício muscular, hemorragias, etc.). 

Possuem íntima conexão com o sistema nervoso. Embriologicamente, cada supra-renal é formada por dois tecidos embrionários diferentes, dos quais resultam as duas camadas da supra-renal: a mesoderme origina o córtex e a neuroectoderme a medula da glândula. 

Muitos autores consideram córtex e medula da supra-renal como sendo dois órgãos distintos. O córtex, camada externa da glândula, é amarelado e compõe-se de três camadas concêntricas de células. Na camada externa, abaixo da cápsula conjuntiva que envolve cada adrenal, as células cilíndricas dispõem-se em agrupamentos globosos envolvidos por capilares. 

É a chamada zona glomerulosa do córtex supra-renal. Abaixo dela, encontramos cordões paralelos de células poliédricas, que contém grande número de gotículas lipídicas em seu interior. 

É a chamada zona fasciculada do córtex supra-renal. 

A região interna do córtex é denominada de zona reticulada e compõe-se de uma rede de pequenas células, cujo contorno freqüentemente é irregular. 

Funcionalmente, a camada glomerular produz e secreta aldosterona, enquanto que as outras duas camadas produzem glicocorticóides (cortisol e corticosterona) e hormônios sexuais. 

A medula da glândula supra-renal é constituída por células poliédricas dispostas em cordões. 

Estes formam uma malha ricamente vascularizada. Cada célula medular possui um pólo voltado para um capilar, onde também ocorre a inervação da célula, e um pólo voltado para uma vênula, no interior da qual é lançada a secreção. 

Existem, na medula adrenal, dois tipos de células: umas secretam adrenalina, as outras noradrenalina. 

Tais hormônios são secretados em resposta à estimulação simpática e são considerados como hormônios gerais. 

Liberados em grandes quantidades depois de fortes reações emocionais como, por exemplo, susto ou medo, estes hormônios são transportados pelo sangue para todas as partes do corpo, onde provocam reações diversas, principalmente constrição dos vasos, elevação da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos, etc. 

Tais reações resultam, entre outras, no aumento do suprimento de oxigênio às células. 

Além disso, a adrenalina, que aumenta a glicogenólise hepática e muscular e a liberação de glicose para o sangue, eleva o metabolismo celular. 

A combinação dessas reações possibilita, por exemplo, reações rápidas de fuga ou de luta frente a diferentes situações ameaçadoras. 

Ao contrário do córtex supra-renal, que lança seus produtos continuamente na circulação, a medula acumula os hormônios produzidos.

Medula óssea


É no interior dos ossos, na Medula Óssea, onde estão as células progenitoras das células sangüíneas. Ali também tem origem as alteração que vão ser responsáveis por inúmeras doenças.

A medula óssea é constituída por um tecido esponjoso mole localizado no interior dos ossos longos. É nela que o organismo produz praticamente todas as células do sangue; glóbulos vermelhos (hemácias); glóbulos brancos e plaquetas. Estes componentes dos sangue são renovados continuamente e a medula óssea é quem se encarrega desta renovação. Trata-se portanto de um tecido de grande atividade evidenciada pelo grande número de multiplicações celulares.

Estima-se que em um adulto médio, com aproximadamente 5 litros de sangue, existam em cada centímetro cúbico de sangue, cerca de 4,5 milhões de glóbulos vermelhos, 6 mil glóbulos brancos e 300 mil plaquetas. Isso significa um total aproximado de 22,5 bilhões de glóbulos vermelhos, 30 milhões de glóbulos brancos e 1,5 bilhão de plaquetas.

As células sangüíneas tem vida curta:
*os glóbulos vermelhos tem uma vida média de 120 dias, 
*os glóbulos brancos vivem em média 1 semana, 
*as plaquetas 9 dias. 

Há portanto permanentemente células morrendo, sendo destruídas ou eliminadas e substituídas por novas células normais.