terça-feira, 22 de outubro de 2013

Chove vidro fundido nesse planeta azul gigante

 Há um mundo azul alienígena a apenas 63 anos-luz da Terra, mas o planeta não é nada amigável à vida. Pesquisadores dizem que a cor azul na atmosfera provavelmente vem de uma chuva de vidro fundido.



Esta chuva de vidro super-quente é apenas uma conseqüência da proximidade entre o gigante de gás alienígena HD189733b e seu sol, o que torna as temperaturas do dia tão altas quanto 930 graus Celsius.
Um novo conjunto de observações do planeta em raios-X sugere também que HD189733b tem uma atmosfera exterior que é muito maior do que o esperado, e que está evaporando rapidamente.
Júpiteres quentes sāo grandes, cerca do tamanho de Júpiter em nosso sistema solar, mas sāo muito mais quentes, já que orbitam sua estrela muito próximo, a risco de serem consumidos.
Júpiteres quentes são fáceis de serem detectados, porque à medida que passam na frente de uma estrela, provocam uma grande queda no brilho dela. HD189733b provoca uma queda de 3% na luz de sua estrela, por exemplo. A atração gravitacional dos planetas muitas vezes faz com que suas estrelas-mãe oscilem também.
Embora sejam comuns no universo, Júpiteres quentes sāo totalmente diferentes dos planetas que encontramos em nosso sistema solar. No nosso caso, os pequenos planetas rochosos estāo perto do Sol, enquanto os gigantes de gás estāo muito mais longe.
As últimas observações de HD189733b estão desafiando algumas teorias de formação planetária e são apenas uma das razões para os Júpiteres quentes estarem ganhando a atenção dos astrônomos hoje em dia.
Atmosfera evaporando
Uma nova atenção foi dada ao HD189733b, que foi descoberto em 2005. Tanto o Observatório de raios-X Chandra, da NASA, quanto o XMM Newton, da ESA, viram uma queda em raios-X da estrela que foi três vezes maior do que a observada em luz visível anteriormente.
Isto significa que a atmosfera do planeta é muito maior do que se pensava. Ela também está evaporando rapidamente. A atmosfera de HD189733b está fugindo do planeta a uma taxa de 100 a 600 milhões de quilos por segundo, um novo estudo estimou.
“A grande atmosfera deste planeta o torna um alvo maior de radiação de alta energia de sua estrela, então ocorre uma evaporação mais intensa,” disse Scott Wolk, astrônomo do Centro Harvard de Astrofísica.
HD189733b também pode ter brilhantes auroras em todo o planeta devido à intensa radiação estelar, mas isso é especulação neste momento, disseram os autores do estudo.

Planeta solitário, sem uma estrela-mãe, é descoberto


Astrônomos descobriram um planeta solitário que está flutuando por si só no espaço profundo, sem orbitar nenhuma uma estrela.



O poderoso telescópio Pan-STARRS 1, localizado no topo do vulcão Haleakala, no Havaí, detectou pela primeira vez um mundo alienígena solitário localizado a 80 anos-luz da Terra através de sua fraca assinatura de calor, enquanto estava à procura de anãs marrons.
Apelidado de PSO J318.5-22, o exoplaneta é relativamente jovem, com cerca de 12 milhões de anos de idade. Com uma massa 6 vezes maior do que a de Júpiter, o planeta se assemelha a gigantes gasosos que orbitam jovens estrelas. Mas a única coisa que parece estar faltando é uma estrela-mãe.
“Nós nunca antes vimos um objeto parecido como este flutuando livremente no espaço. Ele tem todas as características de planetas jovens encontrados ao redor de outras estrelas, mas está completamente sozinho”, disse o pesquisador Michael Liu, do Instituto de Astronomia na Universidade do Havaí. “Eu sempre quis saber se tais objetos solitários existiam, e agora temos certeza”.
A ausência de uma estrela brilhante pode ser uma benção para os cientistas que tentam entender a natureza dos planetas fora do nosso sistema solar. Pesquisadores tipicamente estudam esses mundos alienígenas através de meios indiretos, como a variação do brilho de uma estrela causada pela passagem de um planeta.
“Os planetas encontrados por imagens diretas são incrivelmente difíceis de estudar, uma vez que eles estão bem perto de suas estrelas hospedeiras, que geralmente são muito brilhantes,” disse Niall Deacon, do Instituto Max Planck de Astronomia, na Alemanha. “PSO J318.5-22 não está orbitando uma estrela, e por isso vai ser muito mais fácil para nós estudá-lo. Ele nos dará uma vista maravilhosa sobre o funcionamento interno dos gigantes gasosos como Júpiter logo após o seu nascimento.”
O número de exoplanetas conhecidos explodiu ao longo dos últimos 10 anos. Astrônomos confirmaram mais de 800, mas algumas estimativas sugerem que há provavelmente bilhões de planetas somente em nossa galáxia, a Via Láctea.
PSO J318.5-22 foi descoberto acidentalmente durante uma pesquisa sobre anãs marrons, objetos cósmicos às vezes chamados de “estrelas fracassadas” porque eles são maiores do que os planetas, mas muito frios para se tornarem uma estrela. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Funções Químicas


Chamamos de Funções Químicas os grupos de substâncias compostas que se apresentam com propriedades químicas e comportamentos semelhantes.

Características como acidez, basicidade, solubilidade em água e reatividade são apresentadas nos estudos das Funções Químicas. Os quatro principais tipos de função são: óxidos, ácidos, bases e sais.

É possível classificar uma substância dentro dessas funções a partir da análise dos tipos de íons que se formam quando esta é dissolvida em água. Essas substâncias também são chamadas de funções inorgânicas, que se caracterizam por compostos que não possuem cadeia carbônica.

Vejamos cada tipo de função química:

Ácidos – São compostos moleculares que se dissociam em íons, quando em solução aquosa. Esse tipo de substância é capaz de conduzir corrente elétrica. São exemplos o Ácido Clorídrico, o Ácido Cítrico, o Ácido Bórico, o Ácido Fórmico, entre outros...

Os ácidos possuem hidrogênio que, quando dissolvidos, libertam o hidrogênio como cátion. Os elementos químicos que formam os ácidos ganham elétrons e se formam por ligações covalentes.

Bases – As bases são substâncias que apresentam o grupo hidroxila (OH)-1 ligado a metais. Essas substâncias são chamadas hidróxidos. Exemplos de bases são: cal hidratada, hidróxido de amônio, entre outros...

As bases são compostos iônicos que, quando em contato com a água, liberam ânion (OH)- em solução.

Sais  – Os sais são formados por compostos iônicos que apresentam um cátion diferente de H+ e um ânion diferente de (OH)-. Exemplos de sais são: o sal de cozinha (NaCl), o mármore (CaCO3), o gesso (CaSO4), entre outros...

Os sais podem ser obtidos pela união de ácidos e bases.

Óxidos - São compostos formados por dois elementos químicos diferentes, por isso podem ser chamados de compostos binários. Essas substâncias têm obrigatoriamente a presença do Oxigênio. Exemplos de óxidos são: a água (H2O) e o gás carbônico (CO2).

Os óxidos se formam pela combinação do oxigênio com quase todos os elementos da tabela periódica.

Teoria da Eletrostática


A Eletrostática é o ramo da eletricidade que estuda as propriedades e o comportamento de cargas elétricas em repouso. Pode-se dizer ainda que esta área estuda os fenômenos do equilíbrio da eletricidade nos corpos.

O estudo científico mais antigo sobre a eletrostática é o que ocorre com o âmbar amarelo no momento em que recebe o atrito e atrai corpos leves.

O fenômeno foi primeiramente estudado por Tales de Mileto, no século VI a.C. Ele já conhecia a eletrostática e procurava descrever o efeito no âmbar.

No século XVI, Gilbert utilizou a palavra "eletricidade", derivada do grego elektron que era o nome que os gregos davam ao âmbar. Gilbert reconheceu que a propriedade eletrostática não era restrita ao âmbar amarelo, mas que diversas outras substâncias também o manifestavam.

No geral, a eletrostática aponta para o princípio da ação e repulsão em que cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e cargas de sinais contrários se atraem.

Infarto do miocárdio


Dr. AntÔnio Raimundo de Almeida
J. S. de 46 anos, comerciante, sem problemas de diabetes, colesterol e hipertensão, apresentou um quadro de desconforto no peito, náuseas e não chegou vivo ao hospital. Diagnóstico de infarto fulminante. Como isso pode acontecer?

As doenças do coração apresentam a principal causa de morte nos Estados Unidos. No Brasil, apesar da subnotificação, o Datasus registra que as doenças cardio- vasculares são responsáveis por 32% das mortes. Esse artigo, destinado ao leitor de A TARDE, tem como objetivo chamar a atenção do problema, falar sobre os sinais e sintomas, fatores de risco e, sobretudo, como prevenir essa doença devastadora.

O infarto do miocárdio (IAM) faz parte de um grupo de patologias conhecidas como doenças isquemicas do coração que engloba angina do peito, infarto do miocárdio e a morte súbita. O termo síndrome coronariana aguda é também utilizado para os quadros de dor toráxica relacionadas à angina e ao infarto.

Apesar dos fatores de risco estarem bem estabelecidos, como tabagismo, hipertensão, diabetes, alteração nas gorduras (colesterol, triglicerides), o paciente em questão teve doença coronariana sem os clássicos fatores de risco. Cerca de 40% dos indivíduos com doenças coronarianas não se encaixam nesse perfil clássico, e sofrem de infarto ou têm morte súbita, sem que tenham feito uma avaliação médica correta. É preciso saber mais sobre a doença para se adotar estratégias de prevenção.


O que é infarto do miocárdio?
É uma lesão do músculo cardíaco provocada por obstrução da artéria que nutre o coração ou um dos seus ramos – a artéria coronária. O entupimento da artéria resulta em isquemia e o tecido deixa de receber sangue, oxigênio e nutrientes. A duração e a extensão da oclusão determinam o tipo de manifestação da doença: angina estável, angina instável, infarto e morte súbita. Pode ocorrer morte do tecido (necrose músculo cardíaco) se a área for muito grande na dependência do tamanho da artéria pode haver infarto, morte súbita ou falência do coração de modo crônico e inexorável, ficando o paciente com insuficiência cardíaca que limita sua qualidade de vida e tem um prognóstico ruim a médio prazo. A angina do peito é uma dor que resulta geralmente da obstrução intermitente do fluxo sangüíneo. Como a doença é um processo dinâmico e contínuo, a placa de ateroma (gordura) se rompe, ativando a coagulação do sangue no local e formando o trombo que pode obstruir totalmente as artérias coronárias (infarto) ou de modo intermitente (angina instável). De angina instável para o infarto o tempo pode ser curto .


Pode haver infarto sem placa de gordura?
Sim. Às vezes uma determinada artéria se contrai temporariamente estreitando e o fluxo de sangue fica diminuído ou interrompido. O efeito é o mesmo da placa, porém as razões desse fenômeno não são compreendidas em muitas situações. Pessoas que usam cocaína podem ter espasmo na coronária e infarto fulminante.


Como diferenciar o infarto da angina e outras dores no peito?
Muitos problemas de saúde podem causar dor no peito, como, por exemplo, indigestão, ansiedade, inflamação no pericárdio, dor muscular, entre outras situações. A orientação médica é fundamental.


Características do infarto:
•Dor em aperto com ou sem fator desencadeante e pode ocorrer repouso;

•Não melhora com repouso e nem com medicações para angina;

•Pode ser acompanhada de náuseas ou vômitos, apreensão, palidez, sudorese, intensa falta de ar, desmaio.

•Irradiação para o braço esquerdo (85%) ou braço direito (15%), pescoço, ombro ou mandíbula.


Características da Angina:
•Dor em aperto, no tórax ou na região do estômago, geralmente após esforço físico ou um fator desencadeante.

•Melhora com repouso, dura cerca de 10 minutos;

•Melhora com medicações para angina (vasodilatadores).


Atenção: em qualquer das situações procure orientação. O atraso pode ser prejudicial ou fatal. Em muitos casos, quando ocorre um ataque cardíaco, o coração sofre de um processo de alteração do ritmo. E um tratamento imediato com a desfibrilação (choque) pode salvar o paciente da morte. Por essa razão, cada vez mas em locais de grande concentração de pessoas como fábricas, aeroportos e universidades, recomenda-se atendimento pré-hospitalar e pessoal treinado para operar esses aparelhos – os defibriladores. O tempo para salvar uma vida nesses casos é de poucos minutos. No movimentado aeroporto de Chicago o treinamento de pessoal e a popularização dos desfibriladores tem salvo centenas de vidas nos últimos anos.


Prevenção de doenças cardiovasculares

Quais os principais fatores de risco?
Hipertensão, diabetes, tabagismo, história familiar de doença coronariana, sexo masculino, as mulheres que após a menopausa se igualam aos homens, idade (a partir de 60 anos), colesterol alto, aumento de triglicerios, obesidade, estresse, vida sedentária. Se você está nesse grupo faça uma avaliação com o seu médico. No nosso entender, deve-se dar muita atenção ao estresse, pois este é capaz de modificar outros fatores de risco ou despertar quem estava inativo. Existem trabalhos que demonstram o papel do estresse na expressão de determinados genes relacionados com alterações de gorduras e diabetes que estavam dormentes, e que aparecem na vigência do estresse.

As estatísticas americanas indicam que anualmente 900.000 têm infarto; e 250.000 homens destas 125.000 morreram sem receber atendimento médico. É, portanto, de fundamental importância buscar o atendimento médico (pré- hospitalar ou hospitalar) o mais rápido possível. Os tratamentos que desobstruem as artérias, seja com medicamentos ou com desobstrução mecânica, são mais eficientes se realizados nas primeiras seis horas do início dos sintomas.


Quais devem se prevenir do infarto?
Exames preventivos tanto clínico cardiológico quanto os de sangue. Alimentação balanceada, pobre em gordura animal, rica em fibras, peixes e verduras. Controle rigoroso da pressão arterial e, se diabético, do açúcar;

Exercício físico regular após orientação médica, controle do peso e modificação do estilo de vida (combate ao estresse). Tratamento do aumento do colesterol e triglicerides quando indicado pelo seu médico;

Viva em paz, procure não se irritar, controle a hipertensão, não fume, visite regularmente seu médico, exercite-se, não abuse de álcool, e aproveite os benefícios de uma vida saudável. Vale a pena viver!

Biosfera


Os seres vivos encontram-se disseminados pelas três partes fundamentais da Terra: a atmosfera; a litosfera, integrada pela crosta terrestre e pelo manto que a recobre; e a hidrosfera, conjunto das águas superficiais do planeta.

A biosfera, portanto, compreende as porções de terra, mar e águas continentais habitadas pelos seres vivos. Não coincide com a atmosfera, a litosfera ou a hidrosfera isoladamente, pois abrange as três.

Conceito e estrutura: A vida não existiu sempre sobre a Terra. Em circunstâncias favoráveis, os seres vivos apareceram na água, evoluíram, diferenciaram-se e distribuíram-se na atmosfera e em terra firme.

Os seres vivos se organizam em ordem crescente de complexidade. Sabe-se, assim, que as moléculas se associam para formar orgânulos; estes se agrupam em células, que se associam em tecidos, e estes, por sua vez, em órgãos, que participam de sistemas conjugados em organismos que se agrupam em comunidades. Estas, em conjunto e na inter-relação com o meio físico, constituem um ecossistema, e estes, interagindo, formam um superecossistema que se estende por toda a superfície da Terra e constitui a biosfera. Esta última significa, portanto, mais ordem, maior complexidade, mais necessidade de energia e maior instabilidade. A maior demanda de energia é compensada pelas vantagens que oferecem os níveis mais evoluídos ou organizados. Assim, um indivíduo deve empregar mais energia para atender a suas necessidades e colaborar com seus vizinhos ao invés de ocupar-se unicamente de si, mas fazer parte de uma comunidade pressupõe maiores vantagens do que viver isolado. O maior dispêndio energético se compensa por uma melhor qualidade de vida. Isso ocorre em todos os níveis da biosfera.

Tomando como referência a superfície da Terra, a camada de vida ocupa cerca de dez quilômetros em profundidade (abismos submarinos) e aproximadamente sete quilômetros em altitude (ponto máximo em que se encontram aves e esporos e até onde certos microrganismos são transportados pelo vento).

Seres vivos e biosfera:  Os organismos que integram a biosfera podem ser classificados em dois grandes grupos: o primeiro é formado pelos organismos chamados produtores; o segundo, pelos denominados consumidores. Os primeiros são capazes de construir seus próprios tecidos, mediante o aproveitamento da energia solar, a partir de compostos inorgânicos simples (nitrito, água, dióxido de carbono). Fazem parte dessa categoria todas as plantas, as algas e algumas bactérias, que sintetizam os compostos orgânicos imprescindíveis para edificar, desenvolver e manter as estruturas vivas: ácidos nucléicos, proteínas, glicídios (ou açúcares) e lipídios (ou gorduras). Os organismos produtores liberam oxigênio, que se transforma em ozônio na estratosfera, formando uma tela protetora contra as radiações ultravioleta procedentes do Sol.

Os organismos consumidores não são capazes de sintetizar as substâncias orgânicas que lhes servem de alimento e devem retirar elementos nutritivos dos seres aptos a essa síntese. Alimentam-se, portanto, dos produtores, de maneira direta (herbívoros) ou indireta (carnívoros). Existe ainda na biosfera uma terceira categoria de consumidores, formada pelos denominados decomponedores. Esses seres, que habitam principalmente o solo e a água, são microrganismos que se nutrem dos restos de plantas e animais. Em seu processo de nutrição, reconvertem as substâncias orgânicas em elementos simples que retornam à natureza, de onde são retirados por outros seres.

A interação dos três grupos -- produtores, consumidores e decomponedores -- mantém em circulação e intercâmbio, através da biosfera, os elementos químicos fundamentais para a vida, como carbono, oxigênio, nitrogênio, enxofre, fósforo e outros menos abundantes (cádmio, magnésio, lítio). A ação conjunta de todos os organismos faz com que a biosfera desempenhe um papel regulador de numerosos fenômenos relacionados com a superfície da Terra. Entre os principais contam-se a composição da atmosfera, a evaporação da água, a erosão geológica e a natureza do solo.

Modificação da biosfera: As mudanças bruscas nos componentes da biosfera causam desequilíbrios que afetam toda a estruturação da matéria viva. A evolução tecnológica provocou, paralelamente ao aumento dos recursos favoráveis à vida, graves perturbações da biosfera. A combustão de hidrocarbonetos para a obtenção de energia tem sido responsável, em grande medida, pela poluição da biosfera, e o transporte marítimo desses combustíveis, por grandes petroleiros, tem provocado acidentes que causam a morte imediata de milhões de seres vivos. Com a combustão do petróleo, alterou-se a composição química da atmosfera e destruiu-se parte da camada de ozônio, o que poderá ocasionar no futuro a desertificação da superfície terrestre.

A utilização de fertilizantes à base de nitratos é outro exemplo de interferência no equilíbrio da biosfera. As bactérias existentes no aparelho digestivo dos animais transformam o nitrato em nitrito, que se combina com a hemoglobina, provocando a redução do afluxo de oxigênio às células. Esse processo pode dar origem a uma anemia, às vezes fatal, chamada meta-hemoglobinemia. Todos esses processos modificadores do equilíbrio devem ser controlados, portanto, de modo a conservar a estrutura da biosfera dentro de limites que evitem a constante deterioração da natureza.

A fotossíntese e a energia


Como as plantas aproveitam a energia solar para se desenvolverem ?
Pode-se dizer, de uma maneira simples, que as plantas absorvem uma parte da luz solar e a utilizam na produção de substâncias orgânicas, necessárias ao seu crescimento e manutenção.

As plantas verdes possuem uma substância, a clorofila, capaz de absorver a radiação luminosa. A energia absorvida é usada para transformar o gás carbônico do ar (CO2) e a água (absorvida pelas raízes) em glicose (um açúcar), através de um processo chamado fotossíntese. O açúcar produzido é utilizado de várias maneiras. Através do processo conhecido por "respiração", a glicose sofre muitas transformações, nas quais ocorre liberação de energia, que o vegetal utiliza para diversas funções.

Pode-se dizer que a energia solar fica "armazenada" nas plantas. Quando necessitam de energia, substâncias como a glicose se transformam, fornecendo a energia que a planta necessita.

Os seres vivos que não são capazes de "armazenar" a energia luminosa dependem exclusivamente do uso de energia envolvida nas transformações químicas. De maneira geral, esses seres utilizam os compostos orgânicos fabricados pelos organismos que fazem fotossíntese, alimentando-se desses organismos.

Dessa forma, as plantas estão na base da cadeia alimentar, pois delas dependem a sobrevivência dos animais herbívoros, que, por sua vez alimentam os animais carnívoros.

São enormes as quantidades de energia que as plantas "armazenam" através da fotossíntese. Florestas tropicais, por exemplo, "armazenam" durante um ano, cerca de 8 mil quilocalorias por metro quadrado de floresta, ou seja 8 trilhões de quilocalorias por quilômetro quadrado (8.109 kcal/km2). Comparando com a capacidade de produção de energia de uma usina hidrelétrica como, por exemplo, a de Barra Bonita, no Rio Tietê, cuja capacidade é de cerca de 140 MW (megawatt), verifica-se que quantidade equivalente a essa seria armazenada por 1 km2 de floresta absorvendo energia luminosa por duas horas e meia.